E-commerce e gestão financeira: 4 maneiras de garantir lucratividade

E-commerce e gestão financeira: 4 maneiras de garantir lucratividade
6/7/2022
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3 min. leitura

Você sabe administrar financeiramente o seu e-commerce? São tantas decisões a tomar que às vezes que a análise da saúde financeira do negócio pode ficar de lado. E é justamente para não ter esses imprevistos que se recomenda que o e-commerce tenha uma boa estrutura do seu gerenciamento financeiro.

É vital dar o melhor direcionamento dos investimentos, realocar os recursos de forma mais assertiva e inteligente, além de obter o controle e previsão de receita com mais precisão. Muitos clientes Albato trabalham com e-commerce, e, por isso, criamos essas 4 dicas abaixo para que possa ajudá-lo a gerir melhor a parte financeira de sua loja virtual.

  1. Crie um planejamento financeiro com indicadores de desempenho
  2. Controle suas despesas e faça projeções
  3. Monitore seu preço e estoque constantemente
  4. Obtenha um software de gestão financeira em e-commerce

1. Crie um planejamento financeiro com indicadores de desempenho

Teoricamente é fácil desenvolver e manter um e-commerce com o contexto digital tão aquecido, bastando ter um produto ou serviço e disponibilizar em uma plataforma de vendas online. 

Porém, ainda que tenha a vantagem de despesas relacionadas a um espaço físico não existirem, outros fatores da gestão de um e-commerce precisam ser observados – em falar das demandas consideradas “tradicionais” do físico, como SAC, logística e estoque.

Fato é que sua loja no ambiente online opera todos os dias sem parar e qualquer um pode acessar e comprar. Nesse sentido, o fluxo de informações e dados circulam constantemente, o que reforça a necessidade de administrar de forma eficiente os aspectos financeiros, a fim de manter o melhor controle, previsão e manutenção da rentabilidade.

É vital que durante esse planejamento financeiro se definam metas (realistas) para serem atingidas. Podem ser número de visitantes ou acessos, ticket médio, faturamento bruto e etc. É justamente esse plano que poderá direcionar a um cenário mais amplo e assertivo das metas e objetivos a serem atingidos pelo seu e-commerce.

Nessa perspectiva, o que deve ser observado atentamente nesse planejamento financeiro são os KPIs (indicadores) financeiros. São eles que darão a temperatura exata se a loja poderá ser capaz de obter os resultados traçados no tocante às suas finanças.

Por meio desses números, é possível medir e eficiência estratégica adotada, construir análises precisas e pontuar oportunidades de evolução. Com eles, tudo pode ser comparado entre o que foi feito, o que está sendo executado e com a perspectiva de atingimento futuro.

O importante é escolher cuidadosamente os indicadores que façam mais sentido para sua loja. Apresentamos alguns que, de modo geral, servem para todos os tipos e tamanhos de e-commerce, independente de segmento ou tempo de vida:

  • Taxa de conversão;

  • Ticket Médio;

  • Custo de Aquisição de Clientes;

  • Retorno Sobre o Investimento.

Taxa de conversão

Este indicador consiste no número percentual de visitantes que compraram em sua loja sobre quantas visitas o seu  site recebeu. Simplificando, se em um determinado mês você teve 10 compras e seus acessos foram de 200 visitantes, sua taxa de conversão foi de 5%.

Para aumentar esse indicador, você pode trabalhar em algumas variáveis diversas, como por exemplo, trazer um tipo de visitante com mais perfil e aderente ao seu produto ou serviço. Ou oferecer melhores ofertas e descontos para os visitantes atuais. 

Ticket Médio

É a média de valor consumido pelos clientes da sua loja por pedido realizado. Basta pegar o montante vendido em um mês, por exemplo, e dividir pela quantidade de clientes que compraram. Num caso onde um mês seu faturamento foi de R$ 5.000,00, resultado de 10 vendas, o ticket médio daquele mês foi de R$ 500,00.

E claro, esse dado também pode ser analisado por cliente, períodos, cidades, horários, etc.

Esse número por si só não diz muita coisa. Para que ele possa ser relevante para algum insight, deve-se definir um número que você considera atingir e interessante para seu faturamento.

Tendo um objetivo para nortear é possível tomar ações para ajustar e incrementar esse indicador. Pode-se pensar em vender conjuntos, kits, realizar cross sell em pedidos, e muito mais. Sempre com foco em levar mais valor ao pedido do cliente

Custo de Aquisição de Clientes

Mais conhecido como CAC é o indicador que soma todas as despesas e custos que são usados pela loja para obter vendas em um período, dividindo pelo total de clientes adquiridos.

Em suma,  é com  CAC que se identifica quanto custa para se obter um cliente tendo como base todos investimentos realizados. Digamos que você gasta R$ 50.000 em um período mensal e 200 comprantes sejam conquistados. Nessa situação, o CAC foi R$ 250.00.

É importante atentar que nessa análise podem entrar diversas variáveis de custos, como aqueles diretos e indiretos, sejam eles pessoal, sistemas, infra, entre outros.

Retorno Sobre o Investimento

Um dos mais utilizados da gestão financeira, estamos falando do ROI. Ele avalia o resultado econômico a partir dos investimentos realizados. É o percentual que indica o lucro ou prejuízo na equação entre o dinheiro investido sobre o resultado financeiro obtido deste investimento.

Através desse número, você consegue avaliar as ações que mais dão retorno ou prejuízo ao seu e-commerce.  A conta é simples: Pegue o lucro obtido, diminua do valor investido e divida sobre o total de investimento. Por exemplo, ao lançar um produto, você gastou um total de R$ 20.000 e teve de vendas realizadas R$ 50.000. Nesse caso, a conta é R$ 50.000 menos R$ 20.000 sobre os mesmos R$ 20.000. Total fica um ROI de 1,5.

2. Controle suas despesas e faça projeções 

O controle de custos operacionais é fundamental já de largada em qualquer e-commerce, pois sua loja já nasce invariavelmente com eles. 

Despesas dos lançamentos, das operações do dia a dia, além dos investimentos em publicidade, pessoal, fornecedores, produtos, etc.

Esse controle, comparado a sua receita, é o que poderá ajudar na rentabilidade mais saudável do seu negócio.

Algumas dicas para essa gestão e controle são:

  • Utilizar planilhas para organização das finanças ou algumas ferramentas digitais com esse objetivo;

  • Pontuar seus custos fixos e os variáveis, definindo quais poderiam ser realocados ou simplesmente descartados;

  • Ter o capital de giro que precisa para que a loja possa rodar mensalmente sem problemas.

A segurança para antecipar cenários futuros passa invariavelmente sob esse controle. Só assim é possível ter um ambiente mais amistoso para decidir investimento e ações específicas, com o dinamismo e assertividade que todo e-commerce precisa para se manter em constante evolução e saudável financeiramente.

Aliado a isso, andando em paralelo, deve-se constantemente desenvolver as projeções financeiras de ganhos e gastos. 

Tendo em mãos os resultados passados e análises do seu mercado atualmente, é viável antever as receitas e custos e, assim, ser mais preciso estrategicamente.

Observe alguma dessas dicas e avalie para utilizar também no seu e-commerce:

  • Atualização regular do controle financeiro com uma visão mais fiel das finanças reais da sua loja;

  • Atentar ao risco de possível duplicação de dados com as receitas parceladas;

  • Descrever as movimentações do seu caixa de forma precisa com as movimentações realizadas;

  • Engajar os clientes atuais de forma a reduzir custo de aquisição de novos consumidores.

Com essas ações realizadas de forma diária se torna possível entender se as decisões foram certas ou erradas, podendo corrigir a tempo, ou manter o que deu certo para um melhor futuro financeiro da sua loja. 

3. Monitore o seu preço e estoque constantemente

Uma das melhores práticas de gestão financeira para o e-commerce é a avaliação dos preços praticados. A precificação deve considerar seus custos, objetivo de margem do negócio e também o que acontece no seu mercado.

Para isso, atente-se aos fatores abaixo que mais influenciam o valor de venda do seu produto ou serviço.

Contexto

Entenda onde se enquadra a sua venda, em qual mercado, e que tipo de ambiente competitivo. Com o entendimento dessa dinâmica, você terá um preço mais competitivo e assertivo ao contexto onde sua empresa está inserida, evitando um preço muito abaixo ou supervalorizado.

Utilize ferramentas como a Análise de Forças e Fraquezas de negócios, entendo, assim, as oportunidades que sua loja precisa e pode atuar para evoluir. 

Público

Será que seu produto ou serviço fala com o público correto? Tenha em mente se existe potencial de venda realmente para eles, entendendo o perfil e “fit” com o que é ofertado. Assim, você evita o risco de não gastar dinheiro e tempo à toa em um perfil de cliente que não é o ideal para o que você pretende vender. 

Procure entender o quanto seu produto ou serviço está sendo aceito por aquele público Faça pesquisas constantes, profundas ou de oportunidade, de forma a colher o máximo de feedbacks e constantemente entender a relação do que é ofertado com o tipo de pessoa que está consumindo. 

Custos

Esse é um dos fatores de mais fácil acesso e em tese de maior controle. Com ele, adiciona-se a margem e por consequência tem-se a falsa sensação de que é uma variável que podemos a qualquer momento ajustar. Porém, alguns custos são difíceis de mexer rapidamente, especialmente os fixos. Procure se atentar às oportunidades de redução dos custos variáveis, por exemplo, atrelados à venda. Dessa forma você consegue garantir uma margem saudável e o preço irá refletir esse ajuste e análise.

Outros custos como o câmbio em determinados segmentos podem nos pegar de surpresa, tendo como necessidade sempre acompanhar as tendências de mercado e praticar ações para mitigar possíveis altas e baixas que impactem o seu negócio.

Desconto

Uma das pesquisas do Ibope-Kantar revelam que, em média, mais da metade dos compradores online entendem que a política de desconto é um dos principais motivadores de compra em uma determinada loja. 

Apesar de ferir a margem, a sensação para o cliente final é de que está levando sempre alguma vantagem com a divulgação de redução de preço.

Procure, portanto, considerar na sua precificação uma margem que dê espaço para políticas de descontos regulares ou de oportunidade a depender do contexto do varejo.

E o estoque?

Monitorar seu estoque é vital para seu e-commerce, especialmente porque ele pode comprometer o serviço e a gestão financeira quando descontrolado.

Fuja de controlar manualmente esse indicador, pois é uma prática que pode dar muita margem a erros, especialmente se o volume for alto e de muitos detalhes.

O número do seu estoque sozinho não diz muita coisa. Entenda que ele é de fato um dado que deve ser pensado em relação ao fluxo de saída de seus produtos e o tempo que leva para se chegar a casos dos seus clientes. Além disso, deve-se atentar ao fluxo de reabastecimento dele, e entender os tempos e movimentos dessas duas frentes.

São várias as abordagens em relação à gestão do estoque de um e-commerce e a melhor delas vai depender do tipo do seu negócio. Para apoiar, reunimos aqui algumas para você entender um pouco mais: 

Estoque de ciclo 

Como o nome diz, através de ciclos regulares existem reposição pré-programadas, dentro de um determinado período estabelecido. 

Se a demanda do seu e-commerce tem certa previsibilidade, com pedidos numericamente próximos mês a mês, considere esse tipo de gestão de estoque. Quem atua em lojas com esse perfil, pode concretizar compras mais assertivas, evitando comprar de menos ou de mais, com melhor fluxo de caixa e menos desperdícios.

Estoque de segurança

Nesse caso é o tipo de estoque onde você possui um número pré-estabelecido de produtos separados para utilizar em alguma emergência ou caso específico, fora do fluxo “normal” da sua loja.

Eles não são vendidos da mesma maneira que os já estocados, mas sim, são armazenados para serem vendidos somente em algum imprevisto, como um aumento de demanda inesperada ou atraso de fornecedor. 

Estoque de antecipação 

Aqui se trata de antever e assim antecipar uma grande demanda, abastecendo com os produtos que você precisa antecipadamente, baseado em alguma sazonalidade específica e pontual já conhecida.

Alguns exemplos bem conhecidos são Natal, Black Friday, Dia das mães, pais, namorados, crianças, entre outros.

Dependendo do e-commerce, algumas datas são mais relevantes do que outras, por exemplo, páscoa para loja de chocolates. Considerar esses períodos é fundamental para a saúde do seu estoque e consequentemente o resultado financeiro da empresa.

4. Obtenha um software de gestão financeira em e-commerce

Para finalizar, entendemos como fundamental investir em um software específico em finanças. Com um sistema assim, é possível automatizar diversas tarefas manuais, especialmente gerar relatórios e otimizar as análises de indicadores que mencionamos por aqui.

Outro aspecto, que pode ocorrer especialmente para as PMEs ou Microempreendedores, é a necessidade de separar as finanças pessoais e do e-commerce, para não misturar a gestão financeira e evitar uma miopia de resultado.

A gestão financeira através de uma ferramenta permite acompanhar a evolução do fluxo do seu caixa, permitindo a tomada de decisões mais assertivas para atuar com recursos em ações mais produtivas para o crescimento constante da sua loja.

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